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Mostrando postagens de agosto, 2013

Aos 50 anos, discurso de Luther King reflete sonho universal por sociedade justa.

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O discurso histórico “Eu tenho um sonho”, que o reverendo Martin Luther King Jr. proferiu durante a Marcha em Washington por Emprego e Liberdade em 28 de agosto de 1963, continua reverberando nos EUA e mundo afora exatos 50 anos depois. Grande parte do seu impacto, dizem analistas, deve-se ao fato de não ter sido um discurso apenas para negros, ou só para cristãos, mas para todos os americanos – e, de certa forma, para todos que buscam uma sociedade mais justa. É por isso também que, passado meio século, ele não envelheceu. AP Martin Luther King faz discurso 'Eu tenho um sonho' no Lincoln Memorial, Washington (28/8/1963) King começou o pronunciamento em ritmo lento, lendo um texto preparado com antecedência com referências à retórica igualitária da Constituição americana e à Declaração de Independência. Ao fim, falando de improviso, ele comoveu a multidão que o ouvia com uma mensagem de esperança. “Digo a vocês hoje, meus amigos, mesmo que enfrentemos dificuldades hoje

De que lado ficam os países na crise da Síria?

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As cenas mostrando a intoxicação de jovens e crianças em um suposto  ataque com armas químicas  na Síria acendeu a luz amarela em relação ao conflito. Os EUA já sinalizaram que um  ataque deve acontecer nos próximos dias  , com consequências ainda incertas para a região. Mas, e os outros países, de que lado ficam no desenrolar da crise? AP Corpos de crianças mortas em suposto ataque químico jazem na região de Ghouta, Síria (22/8) No Oriente Médio Turquia O governo turco tem sido um dos críticos mais ácidos ao presidente sírio, Bashar Al-Assad. O chanceler turco, Ahmet Davutoglu, já disse que o país está pronto para integrar uma coalizão internacional contra a Síria, caso o Conselho de Segurança da ONU não determine uma ação militar. Arábia Saudita e monarquias do Golfo As monarquias do Golfo vêm desde o início do conflito financiando as forças de oposição a Assad. A Arábia Saudita é um rival do regime sírio há anos e tem atuado no campo diplomático para angariar apoio inte

Hezbollah: Conheça a história do movimento xiita libanês.

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O Hezbollah, palavra que significa “Partido de Deus”, surgiu como uma resposta à invasão e à ocupação do Líbano em 1982 por Israel, que lançou sua ofensiva militar para expulsar militantes palestinos que operavam no sul libanês. O Hezbollah foi criado por um grupo de clérigos muçulmanos xiitas radicais, com ajuda da Guarda Revolucionária do Irã, no Vale do Bekaa, na fronteira com o outro patrocinador do movimento, o governo sírio. Os xiitas eram o grupo social mais pobre e marginalizado do Líbano de então. AP Soldados britânicos ajudam em operações de resgate em local de ataque contra centro de comando de marines dos EUA perto do aeroporto de Beirute, Líbano (23/10/1983). Nos anos iniciais, as principais táticas do grupo foram ataques suicidas, assassinatos e sequestros. Em 1983, um suicida em um caminhão-bomba em Beirute matou 241 marines (fuzileiros navais) americanos que faziam parte de uma força de paz enviada ao Líbano por sua guerra civil. A retirada das tropas americanas

Quais os desafios da esquerda egípcia depois da destituição de Mursi?

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“Grande vitória para a esquerda!”. A avaliação sobre a destituição de Mohamed Mursi é unanimidade entre ativistas egípcios que destacam o caráter reacionário do presidente da Irmandade Muçulmana e a importância da mobilização de mais de 30 milhões de pessoas. Entre clamores sobre a “democracia real”, que viria das ruas e não das urnas, militantes e analistas vinculados a setores de esquerda vislumbram, no entanto, um cenário de grandes dificuldades pela frente. Novas eleições parlamentares e presidencial, redação de uma nova Constituição, conquistar justiça social e direitos trabalhistas, democratizar as instituições e manter a população mobilizada são apenas alguns dos desafios que os ativistas egípcios têm de enfrentar nesse novo momento político. Se a saída de Mursi foi positiva por abrir novos horizontes e possibilidades para a esquerda, também acendeu caminhos para grupos da direita. De organizações vinculadas ao antigo regime de Hosni Mubarak à organização salafista, muitos

Forças Armadas do Egito: salvadores da revolução ou inimigos do povo?

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Quase dois meses depois da deposição de Mohamed Mursi, milhões de egípcios ainda saem às ruas para demonstrar apoio às Forças Armadas do país. Estimativas oficiais indicam a presença de cerca de dezenas de milhões de pessoas em alguns protestos, que carregam cartazes com fotos do general Abdel Fattah al Sisi, chefe da organização militar e responsável pela deposição de Mursi, presidente egípcio até o dia 3 de julho e líder da Irmandade Muçulmana. “Heróis nacionais”, “amigos do povo”, “salvadores da revolução” eram apenas alguns dos elogios escutados entre a multidão. É inegável – pelo número de pessoas nas ruas – que as recentes ações das Forças Armadas do Egito contam com o respaldo de boa parte da população do país. Basta lembrar que os oficiais decidiram retirar Mursi do poder depois de uma das maiores marchas da história moderna, que reuniu ao menos 30 milhões contra o presidente, segundo as estimativas oficiais. O rápido retorno dos militares aos pedidos do povo contra Murs

Agência dos EUA pagou milhões a empresas por colaboração em espionagem.

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A NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA, na sigla em inglês) pagou milhões de dólares às empresas de tecnologia, entre as quais Google e Facebook, que colaboravam com seu programa de espionagem Prism, depois que uma corte norte-americana declarou inconstitucionais algumas das práticas da agência. As informações foram obtidas pelo jornal britânico  The Guardian , que as publicou nesta sexta-feira (23/08).  Wikicommons Logo do programa Prism; a NSA afirma que empresas como Google e Microsoft colaboraram.  As empresas de tecnologia, que, segundo a NSA incluíam ainda Microsoft e Yahoo!, tiveram altos custos para regularizar suas relações com a agência e cumprir as exigências do Fisa (Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira dos EUA, na sigla em inglês): em outubro de 2011, foi decidido que a incapacidade da agência de separar comunicações puramente domésticas das estrangeiras violava a Quarta Emenda da Constituição norte-americana. Apesar de a decisão

Conheça o Black Blocks.

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Na onda de protestos atual alguns grupos têm chamado a atenção pela atuação violenta. Em destaque, estão os  Black Blocks, grupos temporários formados por anarquistas. Eles se vestem de preto e usam máscaras para garantir o anonimato. "Lembre que o que eles fazem conosco todos os dias é uma violência", afirma um manual para grupos do tipo divulgado no Facebook. Nas redes sociais, integrantes de Black Blocks compartilham conteúdo relativo às suas ideias e ações. Black Block Brasil Cerca de 15 mil pessoas já curtiram o Black Block Brasil, grupo ligado ao tema criado em 2012 no Facebook. A foto de capa da página mostra manifestantes quebrando a estação de metrô Trianon, em São Paulo. Em outra imagem publicada recentemente no grupo, manifestantes queimam uma bandeira do Brasil. Outra página ligada ao movimento é a Black Block Rio, que conta com cerca de 3 mil fãs. O último vídeo postado no grupo mostra imagens que teriam sido gravadas por volta das 20h