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Mostrando postagens de agosto, 2012

Especial Europa: Efeitos da crise: medidas de austeridade ameaçam setor cultural na Espanha.

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Representantes de diversos segmentos da cultura espanhola protestam contra o aumento do IVA (imposto sobre o valor agregado) de 8% para 21%, previsto para entrar em vigor a partir de 1º de setembro. A medida, que é mais uma tentativa do governo local para garantir o cumprimento de sua meta fiscal, poderá representar não apenas a perda de público, mas o fechamento de cerca de 20% das empresas do setor. A nova tarifa também colocará a Espanha como o país com o maior imposto sobre o consumo de cultura na zona do euro, onde a média é de 10,1%, e acima da média da União Europeia, de 12,7%. Liana Aguiar/Opera Mundi Museu do Brinquedo, em Figueres (província de Girona); aumento de imposto poderá diminuir número de visitantes no setor Entre as consequências do aumento estimadas por empresários e trabalhadores do setor estão a perda de 43 milhões de espectadores e a redução de quase 4.500 postos de trabalho. Segundo um estudo elaborado pela Pricewaterhouse, a decisão ainda

Especial Venezuela: Classe média mistura ódio e dúvida contra Chávez.

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As arborizadas ruas Califórnia, Madri, Paris e Londres formam, junto com a avenida Rio de Janeiro, um dos mais ricos distritos de Baruta, estado de Miranda, que integra o Distrito Metropolitano de Caracas. Las Mercedes, o nome dessa localidade, é conhecido por concentrar os melhores restaurantes da região e uma vida noturna ativa, além de belíssimos edifícios residenciais. Ali vivem parte dos venezuelanos que pertencem às classes A e B, ou 3% da população. Diferentemente de zonas mais humildes, nos muros desse bairro dourado não há qualquer menção a Hugo Chávez, Che Guevara ou Simón Bolívar. Ali, a revolução proposta pelo presidente venezuelano não dá o ar da graça. Opera Mundi Estacionamento de um restaurante em Las Mercedes, localizado em um dos mais ricos distritos da Venezuela. A rejeição ao governo é evidente a cada eleição. Foi graças aos votos da circunscrição 2 de Miranda, que abrange Baruta e outros três municípios, que a deputada Maria Corina Machado, da oposiç

Especial Venezuela: Base chavista se concentra entre os mais pobres.

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Rabin Azuaje caminha para os 70 anos, mas sua passada ainda é vigorosa. Conforme percorre o sobe-e-desce das vielas do bairro 23 de Janeiro, o veterano professor de teatro relembra os anos anteriores à chegada do presidente Hugo Chávez ao poder. “Aqui era uma espécie de zona experimental para a repressão de governos como o de Carlos Andrés Pérez (1974-1979; 1989–1993) e Rafael Caldera (1969-1974 e 1994–1999)”, recorda Azuaje, militante comunista desde os 12 anos. “Todo tipo de armamento era testado contra nós.” Opera Mundi O professor de teatro Rabin Azuaje, antigo morador do 23 de Janeiro, conta como era o país antes da chegada de Chávez. O 23 de Janeiro, assim como as demais comunidades pobres de Caracas, eram bastiões de resistência contra as administrações dos tradicionais partidos AD e Copei. “O pobre nunca teve voz. Todos podiam votar, mas nossas necessidades não eram atendidas”, ressalta Azuaje. “Com Chávez, pela primeira vez um presidente mandou construir casas para os

Especial Venezuela: País menos desigual da América do Sul, Venezuela é cenário de forte confrontação política.

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Um dos paradigmas mais aceitos na ciência política, ao estudar comportamentos eleitorais, está na constatação que a diminuição dos abismos sociais e o fortalecimento da classe média tendem a enfraquecer o embate político-ideológico. Quem for aplicar essa lógica na Venezuela, porém, dará com os burros n'água. A disputa entre os campos chavista e antichavista se acirra na mesma proporção em que o país se torna socialmente mais homogêneo, alcançando o topo do ranking sul-americano de distribuição da renda. “A politização de todas as classes sociais, radicalizada desde a eleição do presidente Chávez, conduz a um posicionamento que vai além de interesses imediatos dos diversos setores”, analisa Jesse Chacon, diretor da GIS XXI (Grupo de Investigação Social Século XXI). “Aqui esquerda e direita, governo e oposição, vão às ruas para disputar projetos nacionais, que ultrapassam reivindicações pontuais, benefícios econômicos ou avanços sociais.” Opera Mundi Jesse Chacón: "pro

América Latina: Privatização da extração de lítio gera conflitos políticos, econômicos e sociais no Chile.

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Diante da perspectiva de que suas jazidas de cobre não produzam, daqui a trinta anos, o mesmo que produzem hoje, o Chile busca alternativas para um dos pilares da sua economia. A venda do minério é o principal motor do PIB chileno e é responsável por mais da metade das exportações do país. Entre as diversas opções, uma em particular tem o potencial para substituir a importância do cobre na economia chilena: a extração de lítio. As poucas reservas de lítio exploradas no Chile já representam 41% da produção mundial do minério, e a demanda cresce espantosamente. Wikicommons O presidente chileno Sebastián Piñera (direita) criou os CEOL através de um decreto presidencial. Além disso, o país faz parte da região batizada como Triângulo do Lítio, apelido dado à tríplice fronteira entre Chile, Bolívia e Argentina, que comporta cerca de 85% das reservas conhecidas do material. Entretanto, as medidas tomadas pelo governo chileno nos últimos cinco meses, através das quais se in

Especial Venezuela: Insegurança é preocupação central para a maioria dos venezuelanos.

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O menino aguarda com ansiedade antes de começar a dar seu depoimento. Olha com curiosidade para a câmera, toma fôlego e espera que o som das buzinas do bairro de 23 de Enero – um dos mais populosos e pobres de Caracas – o deixe falar. “Está gravando? Bom, Me chamo Andrés López, tenho 15 anos, e a única coisa que gostaria de mudar na Venezuela é o medo da violência”, diz. “Se você sair na rua, será roubado, sequestrado, é o que ouço todos os dias da minha mãe. É um ambiente de terror.” Apesar da expressiva diminuição da desigualdade social desde a chegada de Hugo Chávez ao poder, a insegurança segue sendo um tema protagonista – 61% dos venezuelanos o apontam como o mais importante, de acordo com o centro de estatísticas chileno Latinobarómetro. Além disso, é o principal argumento da oposição contra o presidente. Se por um lado alguns apontam um aumento da insegurança com a eleição do líder venezuelano, outros indicam que ela sempre foi preocupante. Opera Mundi “Há grupo

Especial Venezuela: Missões reorganizam serviços públicos e enfrentam pobreza.

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Conforme o carro se afasta do centro de Caracas pela autopista que leva até a cidade de La Guaira, a paisagem se transforma em questão de minutos. Se antes a profusão de prédios e outdoors de propaganda era maioria, agora é a aglomeração de construções humildes de Catia, área metropolitana da capital, que chama a atenção. Justamente nesse mar de casas de alvenaria empilhadas umas nas outras desponta um prédio vermelho e branco, com cara e cheiro de novo. “Mudei faz só 15 dias”, conta Suyin Morales, assim que abre a porta do elevador. “Sejam bem-vindos ao A4-03”, diz sorridente ao entrar em seu apartamento, um dos 40 dessa construção feita com dinheiro da Gran Misión Vivienda, programa de moradia do governo da Venezuela lançado em 2011. Trata-se de um espaço de 70 metros quadrados, divididos entre sala, cozinha americana, dois quartos e um banheiro. “Toda a mobília foi entregue pelas autoridades”, afirma Suyin, que antes de chegar ali era sem-teto. “Perdi tudo em uma enchente, in

Especial Venezuela: Era Chávez colocou Venezuela no mapa do mundo.

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A mais de mil metros de altitude, na costa venezuelana do Caribe, uma cidade brota do zero. Ocupa uma área de 1,2 mil hectares, no estado de Vargas, encravada entre Caracas, a capital, e o principal aeroporto do país. O loteamento foi planejado para ser uma das grandes vitrines do governo de Hugo Chávez Frias, presidente da República desde fevereiro de 1999. O projeto leva o nome em espanhol de Ciudad Caribia.  Sob responsabilidade de uma empresa mista cubano-venezuelana, a Construtora Alba Bolivariana, a empreitada já abriga quase sete mil pessoas em 1,1 mil apartamentos. Quando estiver concluída, em 2018, será uma urbanização com mais de 20 mil unidades habitacionais, moradias de 100 mil venezuelanos. Efe Marcadas para 7 de outubro, as eleições presidenciais serão um teste para a administração chavista nesses 14 anos Apenas gente muito pobre já recebeu e continuará recebendo o direito de propriedade sobre esses apartamentos com 72 metros quadrados, distribu