Crise dos refugiados: mortes no Mediterrâneo em 2017 superam 2016.
Só em 2017, 60.521 imigrantes e refugiados desembarcaram na Europa via Mar Mediterrâneo e 80% deles chegaram ao continente pela Itália. O restante se dividiu entre Grécia, Chipre e Espanha.
É o que mostram números atualizados sobre a crise de imigração compilados pela Organização Internacional para Migração (OIM), braço da ONU que monitora o tema em todo o mundo.
Embora o número seja menor que o observado para essa rota no ano passado, quando quase 194 mil pessoas realizaram a travessia do Mediterrâneo em direção à Europa, o número de mortes é, até o momento, maior que o registrado em 2016: 1.530 ante 1.398.
O levantamento mostra, ainda, que essa segue a rota mais mortal quando se compara com outros trajetos famosos entre imigrantes e refugiados, como a fronteira entre México e Estados Unidos ou na região norte da África.
Nesta semana, por exemplo, a guarda costeira da Itália realizou o resgate de um grupo de pessoas após um naufrágio próximo da costa da Líbia. Uma embarcação superlotada, ocupada por cerca de 700 pessoas, afundou. A entidade estima que 200 pessoas tenham morrido em decorrência do acidente.
Em outro trágico episódio também registrado nesta semana quando agentes da guarda costeira da Líbia, país que vem recebendo treinamentos da União Europeia (UE) para lidar com a questão, subiram a bordo de uma embarcação superlotada e assaltaram os ocupantes, depois atirando para o alto. Com o susto, cerca de 60 pessoas se jogaram ao mar.
Organizações não governamentais como Médico Sem Fronteiras e SOS Mediterranée estavam realizando o resgate dessa embarcação no momento em que os agentes líbios chegaram e presenciaram o fato. Ninguém morreu ou se feriu durante a operação das ONGs.
Em todo o mundo, o número de fatalidades registradas entre refugiados e imigrantes entre 1 de janeiro e 24 de maio de 2017 é de 2.125. Em 2016, esse número foi de 2.568.
Fonte: Exame Abril
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