Em meio a denúncias de espionagem, Obama se encontra com Dilma no G20.

Uma nota divulgada pela Casa Branca diz que a presidente Dilma Rousseff e o presidente americano, Barack Obama, tiveram nesta quinta-feira um encontro antes do jantar durante a cúpula do G20 em São Petersburgo, em meio a denúncias de que conversas da brasileira teriam sido espionadas pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos EUA.


AP
Presidente dos EUA, Barack Obama (D), senta-se ao lado de presidente Dilma Rousseff durante início da sessão de trabalho do G20 em São Petersburgo, Rússia


Nenhum detalhe foi divulgado pelo governo dos EUA, mas, anteriormente, Ben Rhodes, vice-assessor de segurança para comunicações estratégicas da presidência americana, havia dito que Obama buscaria no encontro "que os brasileiros tenham um melhor entendimento sobre o que fazemos e o que não fazemos, para entender melhor suas preocupações".
O assessor da Casa Branca disse que Obama explicaria pessoalmente à Dilma "a natureza dos esforços de inteligência" dos EUA. Rhodes disse também que "a relação com o Brasil é muito importante (para os EUA), não apenas nas Américas, mas no mundo".
"Entendemos o quanto isso (a questão de espionagem) é importante para os brasileiros. O que estamos fazendo neste caso, como fizemos desde que as revelações sobre a NSA vieram à tona, é olhar amplamente as alegações e os fatos", agregou o assessor. "Coletamos dados de inteligência sobre praticamente todos os países do mundo. Se há preocupações que possamos esclarecer, faremos isso."
Mal-estar
No último fim de semana, uma reportagem da TV Globo denunciou a existência de documentos secretos, vazados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden , que mostram que a NSA teria monitorado conversas entre Dilma e seus principais assessores.
As revelações de espionagem causaram mal-estar na relação bilateral e colocaram em dúvida a visita de Estado que Dilma deve fazer aos EUA em outubro. Nesta quinta-feira, o Planalto confirmou que cancelou a ida aos EUA , no sábado, de uma equipe brasileira que faria os preparativos da viagem oficial da presidente.
O governo não confirma se a equipe agendará nova data para a viagem. 
Na segunda-feira, o ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, classificou o episódio como "uma inadmissível e inaceitável violação da soberania brasileira" e pediu "explicações formais por escrito" - ainda que adotando cautela quanto a eventuais retaliações brasileiras.

A assessoria do vice-presidente americano, Joe Biden, disse que os EUA "continuarão a trabalhar com as autoridades brasileiras" para explicar as denúncias de espionagem e agregou que "o convite para a visita de Estado da presidente Rousseff reflete o interesse dos EUA em aprofundar esse relacionamento vital".
Fonte: Último Segundo.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Você conhece o termo Turkerização?

AS CIDADES DURANTE O CAPITALISMO COMERCIAL.

PROVA DA UFG - 2ª FASE - 2012/1 - GEOGRAFIA.