China: O Dragão do Oriente.
A China é um país milenar, que foi governado por varias dinastias. No inicio do século XX, governado pela dinastia, o país decrescia. O país estava partilhado por várias potencias estrangeiras.
Mas, no começo do século XX, surgiu um movimento nacionalista, não a favor da dinastia Manchu é a dominação estrangeira. Sob a liderança de Sun Yat essa revolução atingiu várias cidades do país, e pôs fim ao império e instaurou a republica, em 1912. Foi organizado o partido nacional chinês, sob a liderança de Sun Yat-sem.
Apesar da proclamação da republica, o poder permaneceu fragmentado, e o país continuou sofrendo com o caos político, econômico e social. Pequim controlava apenas uma parte do país e mantinha laços com as potencias estrangeiras.
Nessa época surgiu uma iniciante industrialização, que com a ajuda de capitais estrangeiros se aproveitava da mão-de-obra barata e abundante. Com a invasão do Japão e a guerra civil esse processo de industrialização foi interrompido. Na primeira guerra mundial os japoneses com apoio de potencias ocidentais, ocupavam a região nordeste do território chinês.
As forças revolucionárias ganharam forças e, além de receberem influência da revolução Russa, essas idéias juntaram-se agora aos sentimentos nacionalista e anticolonial que fez surgir, o partido comunista chinês, era 1921, tendo como um dos fundadores Mao Tse-tung.
Em 1925, Sun Yat-sem morreu e o partido nacional chinês passou a ser controlado por Chiang Kai-schek. Depois de uma breve convivência pacifica, em 1927 iniciou uma guerra civil entre comunista e nacionalista. Depois de ocorrer a unificação do país em 1928, Chiang Kai-shet passou a liderar o governo nacional da china com mão de ferro. Em 1934, os japoneses depois da invasão na Manchúria, implantaram Manchwero, um país formalmente independente. Pu Yi era imperador desse reino Manchu. Na verdade ele era apenas um imperador fantoche, quem mandava de fato em Manchukuo eram os japoneses, que se beneficiavam de uma das regiões mais ricas em minérios e combustíveis fosseis de toda a china.
Em 1937, os japoneses declararam guerra total contra a china. Chegaram a ocupar cerca de dois terços do território chinês. As cidades mais importantes estavam sob o controle do Japão. Neste curto período de tempo os comunistas e os nacionalistas se empenharam em derrotar os invasores japoneses. Assim, após a rendição do Japão na segunda guerra mundial, as guerras civis voltaram a se agravar severamente. Em outubro de 1949, depois de 22 anos de guerra, os comunistas do Espírito de Libertação Popular saíram vitoriosos, liberados por Mao Ise-tung, foi proclamado a Republica Popular da China. Surgiu então a China Comunista. Os nacionalistas se refugiaram na ilha de Formosa, e fundaram a República da China Nacionalista, também conhecida como Taiwan.
A china passou a seguir o modelo político-econômico da ex-União Soviética. Politicamente implantou-se um regime político centralizado sob o controle do Partido Comunista Chinês, cujo líder Maximo era o secretário-geral Mao Tse-tung. O estado passou a controlar as fabricas e recursos naturais. No entanto, é bom lembrar que a revolução chinesa foi essencialmente camponesa, visto que na época os operários equivaliam a apenas 0,6% da população. Assim após a revolução a china começou seu processo de industrialização.
PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO
Inicialmente a china seguiu o modelo soviético, e passou a planejar a economia. Em 1957, Mao lançou um plano conhecido como o “Grande Salto à Frente”, que se estendeu até 1961. Em plano visava implantar um parque industrial diversificado e amplo. Para isso, a china priorizou investimento na industria de base na bélica e em outras de infra-estrutura que ajudasse a sustentar o processo de industrialização. Mas, o grande “Grande Salto à Frente” mostrou ser um fracasso.
Ao tentar seguir o modelo da União Soviética, a china acabou também sofrendo dos mesmos problemas: baixa produtividade, baixa qualidade, concentração de capitais no setor armamentista e burocratização.
O que também ajudou na crise econômica foi a Revolução Cultural maoísta, que consistia em um esforço de transformação ideológica contra o revisionismo soviético, uma perseguição dos contras revolucionários, além de isolamento econômico em relação ao exterior.
Após o rompimento entre a União Soviética e a China, houve a aproximação dos Estados Unidos, que foi iniciada com a viagem do presidente norte-americano, Richard Nixon, a China em 1972. Foi nessa época que a republica popular da china entrou na ONU, tornando-se membro permanente do conselho de segurança.
Com a morte de Mao tse-tung, em 1976, um novo líder entra no poder, Deng Xiaoping. Os donos deixaram os conceitos de Mao de lado, e iniciou-se um processo de abertura na economia chinesa.
UMA NOVA ECONÔMIA
A china depois de passar décadas em estado de “Sono Profundo”, resolveu acorda. Sob o comando de Deng Xiaoping, iniciou-se, a parti de 1978, uma reforma na economia, paralelamente a abertura da economia chinesa ao exterior.
Os chineses no poder queriam fazer reformas econômicas para o regime chinês e também justificar ideologicamente a simbiose da economia de mercado com a economia de planificação sob o controle do estado. Era uma tentativa de perpetuar a hegemonia do PCC.
Num país em que 70% da população são camponeses, as reformas começaram, é claro na agricultura. Cada família poderia cultivar o que desejassem, embora as terras continuariam pertencendo ao Estado. Depois de entregar uma parte que produzisse ao Estado, poderia vender no mercado o restante. As restrições impostas impediram relações capitalistas de produção, e os preços pagos aos agricultores foram elevados, incentivando aos camponeses. Ao mesmo tempo os consumidores passaram a receber subsídios para adquirir produtos agrícolas. E o resultado foi um notável crescimento na produção agrícola chinesa.
Com a reforma na agricultura disseminou-se a iniciativa privada e o trabalho assalariado no campo, aumentando a renda dos agricultores. Houve também uma expansão do mercado interno.
A parti de 1982, após o XII Congresso N acional do PCC, iniciou-se a abertura no setor industrial. As industrias do Estado tiveram que se enquadrar à realidade e foram incentivadas a adequar-se aos novos tempos, melhorando a qualidade de seus produtos e abaixando seus preços. O governo também permitiu o surgimento de pequenas empresas e autorizou a constituição de empresas, atraindo o capital estrangeiro.
A grande revolução, porém, veio com a criação de zonas especiais em várias províncias litorâneas. As primeiras foram implantadas em Shezen, Zhuhai, Xiamen. Essas zonas econômicas tinham como objetivo atrair investimentos de empresas estrangeiras, que trariam além de capital, tecnologia e experiência de gestão empresarial. Numa tentativa de ampliar suas exportações, a china concedeu quase total liberdade ao capital estrangeiro nessas zonas econômicas, espécie de enclaves capitalistas dentro da china.
Em resultado disso tudo, a economia da china cresceu uma taxa media de 9% ao ano nas décadas de 80 e 90. E a província de Guangdond, localizada próxima a Hong Kong, a mais dinâmica do país, crescia em uma media de 12,5% ao ano desde 1979. No período a taxa mais alta do mundo.
Mas apesar de ter ocorrido esse “milagre chinês”, nem tudo tem só coisas boas. É preciso também falar da outra face do “milagre chinês”. Além da libertação econômica, um fator fundamental que está atraindo capitais para a china, é o baixo custo de mão-de-obra muito disciplinada e trabalhadora. O Salário mínimo na china é de 25 dólares por uma jornada de trabalho de 12 horas diárias. Na província de Fuyian o salário médio de um operário é 65 dólares, em media por mês, era cerca de trinta e cinco avos do salário médio nas fabricas japonesas.
Uma outra face desse “milagre” é o agravamento das desigualdades sociais e regionais, que tem provocado as migrações internas. A cidade de Shenzen, por exemplo, cresceu de 100 mil habitantes em 1979, para mais de três milhões em 1999. Todos queriam ir para as zonas econômicas especiais e as cidades livres de melhores salários.
Assim, com base em uma abertura econômica e baixos salários, o mundo foi invadido por produtos chineses. Em 1980, período de inicio das reformas econômicas, a China ficou em 25º no ranking de exportadores, exportando 18 bilhões de dólares. Em 1997, porém o país exportou 183 bilhões de dólares, tornando-se o 10º maior exportador do mundo.
A china tem atualmente um parque industrial muito diversificado. Entretanto, tem apresentado um crescimento bem desigual territorialmente, e também setorialmente. As zonas especiais e as cidades abertas crescem muito mais rapidamente, e as empresas privadas e mistas crescem muito mais que os outros.
Um dilema chinês é como manter uma irrestrita economia, fortemente controlada pelo Estado e, ao mesmo tempo, um regime fechado politicamente. Essa questão só com o tempo poderá ser resolvida.
Fonte: Portal Júlio Batisti.
Fonte: Portal Júlio Batisti.
Comentários
Postar um comentário