Nióbio Brasileiro.
1 OFERTA MUNDIAL - 2011
O Brasil tem as maiores reservas mundiais de nióbio, seguido por Canadá (províncias de Quebéc e Ontário), Austrália (província da Austrália Ocidental), Egito, República Democrática do Congo, Groenlândia (território pertencente à Dinamarca), Rússia (Sibéria), Finlândia dentre outros. É também o maior produtor mundial da substância, representando mais de 90% do total mundial.
As reservas de nióbio lavráveis no Brasil estão nos estados de Minas Gerais, Amazonas, Goiás, Rondônia e Paraíba. Em Minas Gerais as principais reservas encontram-se em Araxá com uma reserva lavrável de 113,4 Mt (milhões de toneladas) de pirocloro [(Na,Ca)2Nb2O6(OH,F)], em Goiás as principais reservas estão em Catalão com uma reserva lavrável de 100 Mt de pirocloro, no Amazonas tem-se Pitinga com uma reserva lavrável de 175,3 Mt de columbita-tantalita e de modo menos representativo, os estados de Rondônia e Paraíba com reservas lavráveis de 8,4Mt e 1,4 Mt respectivamente de columbita-tantalita. Os teores variam em média de 0,23% a 1,85% de Nb2O5 contido.
Tabela 1 Reserva e produção mundialDiscriminação
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Reservas (2) (t)
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Produção(1) (t)
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Países
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2011 (P)
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2009 (r)
|
2010 (r)
|
2011 (p)
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(%)
|
Brasil
|
4.133.193
|
165.723
|
165.767
|
169.245
|
97,02
|
Canadá
|
61.000
|
4.330
|
4.400
|
4.600
|
2,63
|
Outros países
|
21.000
|
400
|
600
|
600
|
0,35
|
TOTAL
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4.215.193
|
170.423
|
170.767
|
174.445
|
100
|
2 PRODUÇÃO INTERNA
Os principais estados com empresas produtoras de nióbio são Minas Gerais e Goiás com capacidade de produção de 6 Mt/ano e 0,9Mt/ano de minério de pirocloro (ROM), respectivamente. Os teores do minério variam de 0,33 a 2,52. A produção nestes dois principais estados produtores foi da ordem de 147.375 t de concentrado Nb2O5, 52.500 t de liga Fe-Nb e 4.300 t de óxido de nióbio de alta pureza. As duas principais cidades produtoras são Araxá-MG e Catalão-GO.
3 IMPORTAÇÃO
O Brasil não importa produtos derivados do nióbio. É auto-suficiente para atender as demandas do mercado interno.
4 EXPORTAÇÃO
O Brasil exportou aproximadamente 70.009 t de liga Fe-Nb, com 46.205 t de nióbio contido, além de 1.659 t de óxido de nióbio de alta pureza e 380 t de óxido de nióbio de grau ótico. As aplicações de nióbio variam desde aços microligados, com aplicações na construção civil, na indústria mecânica, aeroespacial, naval, automobilística, dentre outras. A receita gerada pelas exportações da liga Fe-Nb foram de aproximadamente US$ 1,84 milhões e pela venda de óxido de nióbio US$ 60.630,00 Os principais países importadores foram os Países Baixos (Holanda) com 30% do total seguidos por China (21%), Cingapura (15%), Estados Unidos (14%) e Japão (9%), sendo este último o maior importador de óxido de nióbio de grau ótico.
5 CONSUMO INTERNO
Goiás não comercializa sua produção no mercado interno, toda a demanda brasileira é atendida por Minas Gerais que, em 2011, destinou o nióbio contido na liga FeNb STD (liga Ferro Nióbio Padrão, com 66% de teor de nióbio e 30 % de ferro) às empresas metalúrgicas nacionais (Usiminas, Cosipa, Grupo Gerdau e CSN), menos de 10% de sua produção.
NIÓBIO
Tabela 2 Principais estatísticas - BrasilDiscriminação
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Unidade
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2009(r)
|
2010(p)
|
2011(p)
|
Produção
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Concentrado(1)
|
(t)
|
88.920
|
63.329
|
64.657
|
Liga Fe-Nb(2)
|
(t)
|
34.746
|
52.588
|
53.691
|
Óxido de Nióbio
|
(t)
|
2.333
|
4.298
|
4.388
|
Exportação
|
Liga Fe-Nb(2)
|
(t)
|
24.355
|
45.196
|
46.205
|
(103 US$-FOB)
|
1.055.075,14
|
1.555.775,50
|
1.840.942,00
|
Óxido de nióbio
|
(t)
|
944
|
1.477
|
1.808
|
(103 US$-FOB)
|
23.711,24
|
44.044,14
|
60.630,64
|
Importação
|
Semimanufaturados
|
(t)
|
0
|
0
|
0
|
(103 US$-FOB)
|
0
|
0
|
0
|
Consumo Aparente
|
Liga Fe-Nb(2)
|
(t)
|
10.391
|
7.392
|
7.486
|
Óxido de Nióbio
|
(t)
|
1.389
|
2.821
|
2.580
|
Preço Médio *
|
Liga Fe-Nb(2)
|
(US$/t-FOB)
|
43.320,78
|
34.422,86
|
26.295,79
|
Óxido de nióbio
|
(US$/t-FOB)
|
25.117,84
|
29.820,00
|
33.534,64
|
6 PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS
A CBMM tem um projeto de implantação de um pátio de blendagem de minério, com início de operação previsto para o final de 2012. A Anglo American tem um projeto de reavaliação reservas e de sondagem de novas áreas nas minas de Catalão e Ouvidor; também realiza estudos nestas mesmas minas para aproveitamento do minério em rocha não alterada. A CBMM iniciou a produção de dois concentrados refinados de terras-raras em uma planta com capacidade para mil toneladas anuais de terras raras, a Companhia investiu cerca de R$ 50 milhões na solução para concentrar e refinar a mistura de óxidos de terras-raras contida na monazita do minério.
7 OUTROS FATORES RELEVANTES
As duas maiores produtoras de nióbio do país estão aumentando suas reservas, investindo em novas tecnologias para um melhor aproveitamento de suas jazidas e desta forma auxiliando o Brasil tanto no aumento das exportações de uma gama maior de produtos e uma conseqüente diminuição das importações dos mesmos. Segundo Tadeu Carneiro, diretor-geral da CBMM, a demanda futura para o nióbio tende a continuar a crescer mais rápido do que a produção de aço devido à contínua inserção tecnológica do nióbio na produção siderúrgica.
Em 2011, um grupo de companhias asiáticas adquiriram 30% do capital da CBMM por US$ 4 bilhões. Estão entre as novas acionistas da CBMM as japonesas Nippon Steel e JFE Steel; a sul coreana Posco; e as chinesas BaoSteel, Anshan, Tisco e Shougang.
A faculdade de engenharia de alimentos da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) desenvolveu um novo tipo de açúcar. Ele não engorda, não provoca cáries e pode ser usado por diabéticos. O açúcar FOS (sigla de fruto sacarídeos) não engorda porque sua molécula é muito grande para ser quebrada pelo organismo. Ele é absorvido apenas pelos micro-organismos que vivem na parte final do intestino, daí seu papel probiótico. Ao ingerirem o açúcar, esses organismos crescem e ajudam no tratamento de algumas enfermidades, como problemas de absorção de cálcio, diabetes e câncer. Por causa do seu tamanho, o FOS também não consegue ser metabolizado pelos organismos que ficam alojados na boca e que causam a cárie e as placas dentárias. Este açúcar, atualmente é encontrado no Brasil em alguns produtos importados da Europa, EUA e Japão, como o leite em pó, que poderia ser ter seu preço final reduzido, utilizando o açúcar com tecnologia nacional. A metodologia desenvolvida pela UNICAMP emprega uma liga de nióbio e de grafite para imobilizar a enzima que irá produzir o açúcar. Imobilizando a enzima nesse minério, evita-se que ela se dissolva e o resultado obtido é um xarope rico em oligossacarídeos, sacarose, frutose e glicose. Em seguida é feita a purificação, na qual os subprodutos são separados e os oligossacarídeos são encaminhados para o setor industrial, quando vários produtos com FOS poderão ser processados – como chicletes, balas, sorvetes e pães.
FONTE: Dnpm.gov.br
niobiodobrasil.blogspot.com
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