Palestina é reconhecida como Estado observador das Nações Unidas .


A Palestina foi reconhecida como Estado observador das Nações Unidas nesta quinta-feira, 29, após votação da Assembleia-Geral da ONU, por 138 votos contra nove. Outros 41 países se abstiveram e cinco não votaram. Até hoje, a Palestina era uma "entidade" observadora.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas recebeu muitos aplausos e pediu, durante seu discurso, que as Nações Unidas emitissem a "certidão de nascimento" à Palestina. No início de sua fala, Abbas citou os ataques israelenses em Gaza. "Há homens, mulheres e crianças mortos junto com seus sonhos. A Palestina vem hoje à Assembleia-Geral porque acredita na paz e nosso povo está desesperado por isso."
"Nós ouvimos e vocês ouviram as ameaças de Israel, principalmente nos últimos meses, em resposta ao nosso pedido de ser um Estado observador das Nações Unidas", disse Abbas, enfatizando não estar presente na votação da Assembleia-Geral para "complicar o processo de paz".
O presidente da Autoridade Palestina encerrou o discurso dizendo que continuará buscando a independência da Palestina. "É tempo de agir e de seguir em frente, é por isso que estamos aqui hoje...o mundo precisa dizer a Israel: chega de agressões, assentamentos e ocupações."
O embaixador de Israel Ron Prosor falou após Abbas e afirmou que o país não pode apoiar o pedido da Autoridade Palestina porque "nenhum dos elementos vitais para a paz está na resolução". Prosor voltou a falar que a paz só pode ser atingida com um acordo entre Israel e a Palestina e pediu que os países das Nações Unidas "não ajudem os palestinos hoje em sua marcha da insensatez."
Fonte: O Estadão.

Países
Entre os países favoráveis à decisão, estão Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul e os europeus França, Espanha, Suíça e Dinamarca.
Os EUA foram contra a mudança de status da Palestina. A embaixadora norte-americana, Susan Rice afirmou, após o resultado ser anunciado na Assembleia-Geral da ONU, que a votação "coloca novos obstáculos no caminho da paz."   Na quarta-feira 28, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Victoria Nuland, havia declarado que Washington não é contra os palestinos, mas que "a criação da Palestina deve ser feita por meio de negociações, não na Assembleia-Geral."  

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