Direto ao ponto Uma onda de manifestações contra o sistema financeiro mundial se espalhou por dezenas de países no último dia 15 de outubro. O movimento, chamado na Europa de “Indignados” e, nos Estados Unidos, de “Ocupe Wall Street”, é uma reação contra os cortes de gastos públicos feitos pelos governos para combater a recessão. Os ativistas culpam os governos e as instituições financeiras pelo crescimento das taxas de desemprego e da desigualdade em países atingidos pela crise de 2008. Na época, para impedir um colapso no mercado, bancos tiveram que ser “salvos” com recursos públicos, aumentando a dívida dos Estados. Agora, para equilibrar as contas, os governos precisam reduzir despesas, com o corte de benefícios sociais, e elevar os impostos. Segundo os organizadores, foram anunciadas marchas contra a “ganância corporativa” em 951 cidades de 82 países, incluindo o Brasil. Em Roma, violentos protestos deixaram 70 pessoas feridas. As revoltas começaram em 15 de maio em Madri